Rock n' Roll de saia e atitude

Bis!: Como surgiu a ideia de montar uma banda?
Paloma: Foi no final de 2007. A Dani (guitarra e vocal) e a Paula (baixo e vocal) já se conheciam e estavam com vontade de formar uma banda só de meninas, mas estava faltando uma baterista. Foi quando a Dani veio falar comigo pelo Orkut. Nós conversamos, eu entrei na banda, depois de um tempo nos reunimos e começarmos a ensaiar.

Bis!: Como foi a escolha do nome "Jezebels"?
Paloma:
A idéia foi da Dani. Foi baseada no filme Switchblade Sisters. "Jezebels" significa mulher forte.


Bis!: Então, como "jezebels", em quais aspectos vocês se consideram fortes?
Paloma: Principalmente pelo fato de sermos "uma banda só de mulher". Mesmo hoje ainda sofremos muito preconceito, a maioria das pessoas acha que só porque a banda é formada por mulheres é ruim. Muitas vezes não se dão à oportunidade de ouvir a nossa música.

Bis!: Quais são as influências musicais da banda?
Paloma:
São muitas, mas as principais influências são, Sahara Hotnights, The Hellacopters e Joan Jett. Todas bandas femininas.

Bis!: Quantos shows vocês já fizeram?
Paloma:
Foram cinco shows no total. O primeiro show foi o Leptospirose (21/11/2008), depois o Natal Undergrond (19/12/2008), a ECOAR (20/12/2008), Capitão Cook (01/03/2009) e na Cultural da SEBISE - Semana de Biologia de Sergipe - (27/03/2009).


Bis!: E como foi o convite para tocar no Leptospirose?
Paloma: Então... Uma das bandas que ia tocar desistiu e entramos no lugar dela.

Bis!: Vocês já tem algo gravado?
Paloma:
Em junho nós gravamos a nossa primeira demo, com seis músicas nossas, que será lançada em breve.


Bis!: De que forma a The Jezebels é divulgada?
Paloma:
É praticamente no boca-boca, pelo Orkut, Facebook, MSN, Twitter... Neles nós divulgamos o Myspace e o Fotolog da banda. A internet é o meio mais rápido, eficiente e, principalmente, mais barato. E, quando tem show, nós distribuímos panfletos e espalhamos cartazes nos terminais e pontos de ônibus, universidade (UFS) e locais aleatórios.


Bis!: Como definir o som da The Jezebels?
Paloma: Rock n' Roll de saia e atitude!

Bis!: De que se trata a maioria das letras?
Paloma :
Falamos sobre cotidiano, sentimentos, passado... Esse tipo de coisa.


Bis!: O que você acha do cenário de música independente em Sergipe?
Paloma: Na minha opinião, muita coisa precisa melhorar. Existem muitas bandas boas, como a Renegades, Snooze, The Baggios, Plástico Lunar, entre outras, tocando músicas de qualidade. Mas não existem eventos para a divulgação de bandas independentes. E ainda tem a questão do espaço pra tocar. Não são todos os lugares que aceitam bandas de Rock e esse é o maior problema.





Por Marianne Heinisch


Read Users' Comments ( 0 )

Invasão Sergipana

Esse é o nome da turnê das bandas Elisa, The Baggios e Daysleepers. durante quase 15 dias de viagem, os integrantes percorrerão sete cidades em cinco estados: Recife (PE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Maceió (AL), Camaçari, Poções e Lauro de Feitas (BA).

Apesar do pouco tempo de estrada, cada uma guarda em seu currículo importantes experiências.A dupla Júlio Andrade e Gabriel Carvalho está à frente da The Baggios, fazendo uma mistura de soul, blues e rock and roll.


Participações em festivais como o Projeto Verão, o Rock Sertão e o Nada pode parar o rock, realizados em Sergipe, o Música pra todos os ouvidos, de Salvador, e o Perro Loco, em Goiânia, são alguns dos memoráveis momentos dos meninos, que se inspiram em Black Keys, Jimi Hendrix e Led Zeppelin.

A banda Daysleepers já fez diversos shows na capital sergipana - entre eles a participação no 13º aniversário da Rádio Aperipê, que contou com a presença dos Mutantes -, tem um EP lançado (o Tempo) e um disco prometido para este ano .

Somando apenas dois anos de formação, tem forte influência sessentista, seguindo os lendários Beach Boys e The Turtles e se inspirando em Coldplay e Belle and Sebastian, para citar os mais recentes.

A Elisa acabou de lançar seu primeiro EP, intitulado "O quarto dos fantasmas". Em seus shows, os integrantes Pedro Yuri, Saulo Nascimento,Matheus Nascimento e Fabinho Espinhaço trazem um estilo dançante, pitadas psicodélicas, a cara blasé típica do indie rock e um quê de agressividade.

Saiba mais em:

Por Marianne Heinisch


Read Users' Comments ( 0 )


Seguir uma carreira musical requer determinação, dedicação constante e muita prática. Para os interessados em fazer parte de uma orquestra, este ano a Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE) realiza o processo de seleção em duas cidades: em Aracaju, no dia 24, e em São Paulo, no dia 26, no mês de julho.

As vagas a serem preenchidas são:

1 Violino spalla - Nível superior
1 Flauta - Nível superior, solista
1 Violino - Nível médio, tutti
2 Violas - Nível superior, co-solista e tutti
1 Contrabaixo - Nível superior, tutti

Repertório dos testes:

Violino (spalla)
Concerto romântico livre-escolha, 1º movimento com cadência; concerto de Mozart, a escolher, 1º movimento, com cadência; uma obra de livre-escolha; solo orquestral livre-escolha entre Scheherazade, de Rimsky-Korsakov, Brahms, Sinfonia nº1, 2ºmovimento ou “Uma vida de herói”, de Richard Strauss; leitura à primeira vista.

Violino (nível médio)
Concerto de Mozart, a escolher, 1º movimento, com cadência; obra de livre-escolha; excerto orquestral (Mendelssohn, Sinfonia nº4, primeiro movimento); leitura à primeira vista.

Violas (nível superior)
Concerto livre-escolha, 1º movimento com cadência; obra de livre-escolha; excerto orquestral (Grieg, Suíte Peer Gynt nº1, 1º movimento); leitura à primeira vista.

Contrabaixo
Primeiro movimento de concerto, a escolher entre Koussevitsky ou Dragonetti; obra de livre-escolha; excerto orquestral (Beethoven, Sinfonia nº9, 4ºmovimento, Mozart, Sinfonia nº40); leitura à primeira vista.

Flauta
Concerto de Mozart, 1º movimento com cadência, e 2º movimento; obra de livre-escolha; excerto orquestral (Villa-Lobos, Suíte Orquestral nº1, 5º Movimento – envio digitalizado (scanner) à disposição; Mendelssohn, Sinfonia nº4, 1º Movimento); leituras à primeira vista.


Os futuros integrantes da orquestra terão vários desafios durante a carreira. Consagrada como um dos principais núcleos de produção musical orquestral do nordeste, a ORSSE atingiu popularidade a nível nacional, enfatizada pela primeira turnê ocorrida no mês de março deste ano.

Em Aracaju a seleção será realizada na sede da Orquestra Sinfônica, localizada no Teatro Tobias Barreto (Av. Tancredo Neves 2209, D.I.A.).

Contato e mais informações:
Orquestra Sinfônica de Sergipe

Por Marianne Heinisch


Read Users' Comments ( 0 )

Comemorando o aniversário do cantor de MPB Toquinho, o programa "Seleção Brasileira" da rádio Aperipê FM dedica a semana aos sucessos e história do músico, que, ao lado de Vinícius de Morares, difundiu a Bossa Nova no Brasil e no mundo.

Cantor, compositor e violonista, Antonio Pecci Filho, conhecido como Toquinho, começou a carreira entre as décadas de 60 e 70, lançando mais de 80 discos e 11 DVD's.

Além de comemorar o aniversário de Toquinho, o "Seleção Brasileira" levará até os ouvintes as canções dos vencedores do Prêmio 2009 de Música Brasileira. No último dia 1º de julho a festa premiou os artistas que estão se destacando na já consagrada nova produção musical do país.

Entre os premiados desse ano, o sergipano DJ Dolores levou o título de melhor álbum eletrônico. Entre seus trabalhos está a remixagem da música Dorival Caymmi, da banda Naurêa, no DVD Sambaião Vivo.

A homenagem à Toquinho irá ao ar entre os dias seis e dez de julho, 9h às 12h. Sintonize Aperipê FM 104,9.


Saiba mais:
Prêmio de Música Brasileira
Aperipê FM


Por Marianne Heinisch


Read Users' Comments ( 0 )

Naurêa entra em quarta turnê internacional


O "Sambaião" produzido em Sergipe está se popularizando em terras europeias. Cada vez mais ambiciosos, os rapazes da banda Naurêa partiram para a Alemanha, Áustria e Suíça no último dia 28 de junho, com sete shows confirmados e três em expectativa.

Entre as apresentações, está o show no Blues Balls Festival, realizado na cidade suíça Luzern. Os sergipanos tocam no mesmo palco que Seal, Antony & The Johnsons e Joss Stone. A primeira ida da banda à Alemanha foi em 2006. Depois de um show em Recife, a Naurêa foi convidada para tocar em um evento oficial da Copa do Mundo.

Criado pela banda, a idéia do Sambaião (samba + baião), como os integrantes definem, é muito mais do que fazer mistura, é mostrar as potencialidades do forró e ter uma sonoridade própria com um sotaque local. Eles recebem influências de várias partes do Brasil e do mundo, como Tom Zé, música cubana e do leste europeu, o costarriquenho Reggaeton, R&B e Hip Hop.

Ouça Naurêa no Myspace

Por Marianne Heinisch


Read Users' Comments ( 0 )

Novidade inevitável

Já é algo bem comum de acontecer: uma banda ganha visibilidade com uma página no MySpace, se espalha rapidamente pela web e atinge um público antes talvez impensável. Ou então vê o número de acessos do espaço no site crescer subitamente após comentar sobre ele em um show. O novo roteiro de divulgação dos artistas passa certamente por uma conta no YouTube, outra no Orkut, mais outra no Last.Fm... Tão certamente como não há maneira de fugir do lugar-comum de afirmar o quanto essa forma barata e descomplicada de expor um projeto tem criado um novo momento para quem faz e para quem escuta música.

Que o diga a sergipana Road to Joy. “Depois de conseguir um numero considerável de visitas no MySpace, chegamos a tocar no rádio também”, contou o guitarrista Ítalo Nascimento. “Divulgamos para nossos amigos, adicionamos bandas do mesmo estilo... E algumas dessas bandas respondiam com recados dizendo o que acharam do nosso som. Isso motivou bastante a gente. Antes de mesmo de lançar o disco, nosso single já estava rolando por aí”, disse o baixista Leonardo Bandeira. Mas a banda não ficou restrita a esse portal. “Divulgamos pelo MSN, pelo Orkut”, comentou Ítalo.

As redes sociais da web são também uma ótima oportunidade de diálogo com o público. Um material da Road to Joy, inclusive, foi até remixado quando o grupo percebeu a necessidade disso depois da divulgação numa comunidade on-line de guitarristas. “A recepção da música acaba influenciando o resultado final do disco em produção”, resumiu Leonardo.

O grupo acha que uma divulgação mais “pessoal” pode ser um instrumento poderoso para quem está começando. Os integrantes utilizam suas contas privadas no Twitter para dar informações sobre a Road, por exemplo. “Nem todo mundo vai seguir o perfil de uma banda. Com o perfil pessoal, acabamos chamando a atenção até que quem teoricamente não se interessaria”, explicou Lorena Morais, escaletista e percussionista do projeto.

Mais:
MySpace da Road to Joy
Comunidade da banda no Orkut

Por Ricardo Gomes


Read Users' Comments ( 0 )

Rock na caatinga - parte 2

Segunda parte da entrevista com Jefeson Melo e Danilo Santana, membros da organização do festival sergipano de música Rock Sertão. Para ver a primeira parte, clique aqui.

Bis!: Dá para perceber que vocês se utilizam bastante de sites e blogs na divulgação.

Danilo Santana: Crivo [Jefeson] é o grande responsável por isso. Mas, querendo ou não, a net é hoje a forma mais barata e rápida para divulgar o festival... A exemplo de muitas bandas que fizeram sucesso graças a ela, como Mallu Magalhães, Teatro Mágico.
Jefeson Melo: Hoje em dia, as redes sociais são o melhor meio para a divulgação de eventos, principalmente eventos como o Rock Sertão, que não tem uma verba específica destinada para isso. A maior parte do nosso público alvo usa internet, usa as redes sociais, lê blogs e tudo mais, acho que essa forma de divulgação é uma das mais eficiente.
Danilo: E forma também de convidar as bandas novas para divulgar o seu trabalho no festival.
Jefeson: Esse ano, por conta dos imprevistos, as ações de divulgação foram muito tardias e uma coisa que acabou surpreendendo foi o reflexo de uma divulgação que só vinha rolando na internet.

Bis!: Como é que foi isso?

Jefeson: Bom, trinta dias antes do festival nós fomos surpreendidos com uma notícia muito chata, o Governo estava fazendo contenção de despesas e tudo o mais e não pôde nos apoiar. Uma parte do apoio era justamente [para] divulgação... TV, rádio, impressos... Então rolou a estratégia mais louca dessa edição: fazer divulgação sem dinheiro. Aí é que entraram jornais, sites e nós mesmos, que nos sacrificamos para imprimir alguns cartazes e flyers. Esse ano a gente usou um recurso que não havia sido usado nas outras edições, que foi o mailing. Cerca de duas mil pessoas receberam e-mails quase diários na semana que antecedeu o festival.
Danilo: Como te disse, o festival já tem algum nome. Então há um interesse da imprensa em divulgar também. E isso é fundamental, já que, como Crivo disse, o recurso é pouco. Não é mais um evento de curiosos. Temos um público que gosta de rock, que conhece as bandas de Sergipe, e isso é um avanço muito grande. Próximo ano será a oitava edição e ninguém se assusta mais se escutar Hardcore ou Power Metal, por exemplo. Queremos ir a outras cidades, divulgar no Estado todo, pregar cartaz em tudo que é canto. Acreditamos que temos um bom festival, organizado, com bandas de ótima qualidade. Mas é preciso divulgar mais.

Bis!: Além dos que se envolvem diretamente, que tipo de reação vocês percebem nas pessoas da cidade, de Glória?

Jefeson: Acho que a gente acabou vencendo um pouco do preconceito que muita gente tinha.
Danilo: Temos um bom índice de pessoas de outras cidades...
Jefeson: De outros Estado também. Como Glória é uma cidade um pouco próxima da Bahia e de Alagoas, várias pessoas acabam indo ao festival.

Bis!: De que lugares vocês percebem uma presença maior de pessoas?

Danilo: Temos um bom público de todo o sertão: Canindé [de São Francisco], Poço Redondo, Carira... O pessoal de Itabaiana sempre comparece também. Como todo ano tem banda de uma cidade diferente, então agregamos públicos de outras cidades.
Jefeson: Uma coisa que se tem notado é o aumento do público da capital.
Danilo: Já não existem em Aracaju festivais como o Rock Sertão. O Punka acabou, o Rock-SE, o Aracaju Rock... A galera então tem acompanhado o Rock Sertão...
Jefeson: Hoje os eventos de rock que acontecem em Aracaju têm um público bem específico, e o que difere o Rock Sertão desses eventos é a diversidade. O Rock Sertão é um evento de rock, independe de uma vertente específica, tentamos agradar a gregos e troianos.

Bis!: Quais são as expectativas para a oitava edição? O que vocês aguardam dela?

Danilo: Primeiramente, mais apoio do que esse ano. O corte de governo a 30 dias do festival foi muito difícil, estamos saldando as dívidas até agora. Esperamos um número maior de bandas que enviem material. Este ano recebemos material de mais de cem bandas, mas muita banda de fora, queremos conhecer mais bandas de Sergipe, do interior de Sergipe. E dar um jeito de divulgar esse material.
Jefeson: Teve uma galera de Pernambuco, Paraíba, Ceará, Rio, São Paulo.
Danilo: Infelizmente só podemos escolher de 14 a 16 bandas. Mas queremos divulgar o restante do material.

Bis!: Vocês têm planos para incrementar o festival?

Jefeson: Esse ano já rolou um diferencial, tivemos a apresentação de uma peça.
Danilo: E também a presença do graffiti. Enquanto as bandas tocavam, o pessoal fazia um graffiti que fez parte da decoração do palco.
Jefeson: Nossa idéia é tornar o festival multicultural. Nesse ano, por conta da verba e da logística, não pudemos convidar um fotógrafo para expor no evento. Mas a nossa idéia é mostrar a música e todas as manifestações que a envolvem.
Danilo: A idéia é ganhar espaço, agregar e ampliar.

Bis!: Essa ampliação pode um dia ganhar outras cidades?

Jefeson: Já vem ganhando: em paralelo ao Rock Sertão surgiu o Rock Provincial, um festival com dimensão bem menor, mas que já teve várias edições pelo interior.
Danilo: O Rock Provincial é algo bem menor, mas que já tem dado muito certo. Em [Nossa Senhora das] Dores já vamos para a quarta ou quinta edição. Fizemos também em Glória... Já teve em Moita Bonita, Canindé.
Jefeson: Infelizmente ainda tem as mesmas dificuldades em relação a apoio que o Rock Sertão. Ainda é difícil levantar grana para que aconteça.
Danilo: Dependemos dos contatos que temos em outras cidades.

Bis!: Que tipos de contato vocês buscam nessas outras cidades?

Jefeson: Geralmente são pessoas que conhecemos por intermédio do Rock Sertão.
Danilo: O pessoal conhece a gente, gosta do Rock Sertão e pede apoio para realizar algum projeto na sua cidade. A coisa anda na medida em que as pessoas vislumbram que, apesar das dificuldades, existe a possibilidade real de fazer um outro tipo de música, um outro tipo de manifestação cultural. O movimento é lento, e passamos por um período de queda desses festivais.

Bis!: Vocês atribuem essa queda ao quê?

Danilo: À falta de apoio.
Jefeson: Como sempre, dificuldade no apoio para a realização.
Danilo: E apoio também do público.
Jefeson: Por mais que uma boa parte dê uma força grande na divulgação e realização, tem outra parte que não ajuda, e uma terceira que tenta dificultar.
Danilo: Temos ótimas bandas no Estado, mas também o público não prestigia, prefere escutar covers a bandas que desenvolvem um trabalho autoral sério. Me impressiona as pessoas não escutarem uma Plástico Lunar, uma Mamutes.

Tem banda e quer enviar material? Entre em contato com a produção do Rock Sertão através do e-mail
mailto:%20material@rocksertao.com.br.

Mais:
Site do Rock Sertão

Por Ricardo Gomes


Read Users' Comments ( 0 )

Rock na caatinga - parte 1

Rock não acontece só em cidades grandes e capitais. O festival Rock Sertão, que é sediado em Nossa Senhora da Glória e em maio deste ano teve a sua sétima edição, vem provando isso já há algum tempo – e cada vez com mais força. A história do evento se mistura com a da banda gloriana Fator RH, que tem os integrantes Danilo Santana e Kléberson Souza na organização da festa, formada ainda por Alex Aragão, Jefeson Melo e Fábio Aragão. Fique abaixo com a primeira parte da entrevista que Bis! fez com Danilo e Jefeson.

Bis!: Mudou muita coisa da primeira edição do Rock Sertão até a última?

Jefeson Melo: Muita coisa. Só não mudou a vontade que a gente tem de fazer.
Danilo Santana: Mudou tudo: da estrutura à quantidade de dias, de bandas e de público. O primeiro Rock Sertão aconteceu em apenas uma noite, com três bandas, a Fator RH [Nossa Senhora da Glória], a Urublues (Itabaiana) e a The End (Poço Redondo), num palco pequeno... Hoje temos 14 bandas de todo o Estado em dois dias.
Jefeson: É bom acrescentar o tempo que o festival passou inativo... Dois anos, não foi, Danilo? [2002 e 2003]
Danilo: Isso.

Bis!: O que houve?

Danilo: Falta de apoio...
Jefeson: Em suma foi isso, na região que a gente “mora” rock era coisa de outro mundo.

Bis!: Qual foi a motivação para fazer o evento?

Danilo: Acho que só tivemos a idéia do que é o Rock Sertão há dois anos. O motivo até hoje é o amor pela música, produzir algo que acreditamos, [fazer] um contraponto à hegemonia cultural. Vivemos em Glória, ou melhor, em todo o Estado, uma vulgarização da cultura. O que se tem na rádio é sempre “mais do mesmo”. Ao longo do tempo, tocando com a Fator RH, a gente foi conhecendo muita gente boa, muito músico bom que não tinha espaço. E a coisa é ainda mais difícil para as bandas do interior.
Jefeson: A gente também sempre quis dar mais espaço para a galera do interior. Existem várias bandas legais perdidas no interior do Estado, praticamente sem recursos e espaço para divulgar o próprio trabalho. Nós achamos que o trabalho das bandas do interior é algo que as pessoas precisam conhecer.

Bis!: Mas o festival vem crescendo, e essas bandas ganhando alguma visibilidade. A partir de que momento vocês perceberam uma mudança, uma espécie de “guinada”?

Jefeson: Acho que a gente só veio a cair na real mesmo na sexta edição, quando o festival começou a ter um caráter mais profissional.
Danilo: Sem apoio nada é possível. De início o apoio era mais pessoal...

Bis!: Como assim?

Danilo: Fábio que conhece algumas pessoas no comércio, Binho [Kléberson Souza] também.
Jefeson: Antes a gente recebia apoio somente do comércio local. Como é de costume em cidades pequenas, a maioria das pessoas se conhece.
Danilo: Então era mais por conhecer a gente e nossa seriedade e organização em relação ao festival do que necessariamente apostar nele. Hoje a coisa é diferente. A cada ano temos apoios diferentes.
Jefeson: Esses apoios pedem um certo profissionalismo da nossa parte.
Danilo: O Festival tem um nome, a gente não aparece mais do nada.
Jefeson: A burocracia aumenta quando se fala em patrocínio de grande porte – se bem que não temos nenhum patrocinador de altíssimo porte. Ano passado fomos agraciados pelo apoio do Governo do Estado, que foi super importante para o crescimento do festival.
Danilo: Até porque é mais fácil conseguir patrocínio para trazer uma banda de fora do que sustentar um festival com artistas locais.

Bis!: Isso não acaba sufocando algumas possibilidades de trabalhar mais com o que é feito aqui? O que vocês acham disso?

Danilo: Temos certeza de que o justo seria que todas as bandas ganhassem cachê, mas ainda não é possível. É preciso dar apoio às bandas, e apoio financeiro também.
Jefeson: A nossa meta é que todas as bandas ganhem uma gratificação.
Danilo: Além do espaço para divulgar o trabalho... Não digo no Rock Sertão em si, já que só tivemos um artista de fora uma vez [Zeca Baleiro, Rock Sertão 6], e foi o Governo do Estado que bancou tudo. Essa dificuldade é algo mais geral... Então, qualquer projeto parecido com o Rock Sertão está fadado a grandes dificuldades financeiras.
Jefeson: No Rock Sertão, a dificuldade em contribuir financeiramente com as bandas se dá por conta de toda a logística que envolve o festival. Toda a verba arrecadada se vai no item estrutura.
Danilo: A nossa sorte é o apoio conjunto... Das próprias bandas de Sergipe que apóiam o festival, que correm atrás também...

Bis!: É um grande trabalho em grupo, então. De vocês e das bandas interessadas.

Danilo: E de muito mais gente.

Bis!: Quem, por exemplo?

Danilo: De padre Márcio [padre Márcio Gonzaga, de Nossa Senhora da Glória, que incentiva o festival], dos amigos, das namoradas...
Jefeson: Dos pais – vide a mãe de Binho, que alimentava grande parte das bandas.
Danilo: Com certeza... Da galera que divulga, afinal o público é fundamental para se conseguir apoio. É imperativo mostrar que a cena existe e é forte no Estado.
Jefeson: Nós já fidelizamos um grande número de expectadores, que também ajudam bastante na divulgação do festival.

Por Ricardo Gomes


Read Users' Comments ( 1 )

Consolidando-se como um dos principais núcleos brasileiros de produção orquestral, a Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE) demonstra que seu trabalho é sério. Comandada pelo regente paulista Guilherme Mannis, a orsquestra conquistou público em diversas cidades brasileiras na sua primeira turnê nacional.

Mannis, que assumiu o posto em 2006, também aperfeiçoou e capacitou os músicos da ORSSE, detalhe facilmente notável para quem vem acompanhando os concertos da orquestra ao longo dos anos.

A unidade, a afinação e a dificuldade foram trabalhadas para melhorar a qualidade nas execuções musicais. "Em nossa seleção de peças, valorizamos primeiramente os compositores brasileiros, tanto do passado quanto contemporâneos. Não podemos nos limitar ao museu da música", afiram o regente.

Com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, a Orquestra realizou concertos em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Uma das metas da Orquestra é conquistar e formar um novo público para a música erudita, além de atrair o público habitual. "É preciso criar uma rede de valorização profissional da cultura sergipana, precisa-se ter mais material de difusão", diz Mannis.

Por Marianne Heinisch



Read Users' Comments ( 0 )

Agenda Bis! - 01/06 a 07/06


Segunda-feira, 01/06

Cinemark do shopping Jardins – 18h
- “Curta Petrobras às Seis” - Exibição até o dia 16 de junho do filme “Pixinguinha e a Velha Guarda do Samba”, de Thomas Farkas e Ricardo Dias. Entrada franca

Praça do Mercado Tales Ferraz - Centro Histórico de Aracaju/SE – a partir das 18h
- “Rua da Cultura” – Lançamento do Primeiro CD de Jailson do Acordeom. Participação de cantores como Zé Américo do Campo do Brito, Galego do Acordeom e Pavio do Forro, Joseane Dy Josa, Casaca de Couro e Kara de Cobra. Entrada Franca


Terça-feira, 02/06

Bar e Chopperia Casa dos Sonhos – 20h
- “Terça do Chorinho”


Quarta-feira, 03/06

Parque da Cidade – 20h às 23h
- Seresta. Entrada Franca


Quinta-feira, 04/06

Capitão Cook – 23h
- Patrícia Polayne; show “Aparelho de memoriar”. Ingressos R$ 10,00


Sábado, 06/06

Mercado Tales Ferraz – Centro Histórico de Aracaju/SE – à tarde
- Encontro de músicos de chorinho de Aracaju. Entrada franca

Subúrbia – 22h
- Show Retrofoguetes. Ingressos R$ 15,00

Em frente ao Oca Bar, Rodovia José Sarney - 23h
- “Don't Stop PRIVATE”; música eletrônica. Tocam: Cidox (full on)-RJ, TieX (full on)-RJ, VanZano (full on)-SE, Raul Meneleu (tech house)-SE, Philipe Carneiro (minimal/tech house)-SE. Ingressos R$ 15,00


Domingo, 07/06

Recanto do Chorinho (Parque da Cidade) – das 17h às 19h
- Banda do Chorinho. R$ 5,00 (Couvert)

Parque da Cidade – 20h às 23h
- Seresta. Entrada Franca


Read Users' Comments ( 0 )

Freguesia traz Rock ao Calçadão da 13


Imagens por Arthur Soares e Maria Carolina Jardim

Na noite desta sexta-feira, 29, o público que compareceu ao calçadão da 13 de
Julho teve a oportunidade de conferir a banda de rock The Baggios, como parte da programação de maio do Projeto Freguesia. A dupla de São Cristóvão tocou, entre outras músicas, faixas do seu recém-lançado CD, o “Hard Times”.

Existente há dez anos, o Projeto Freguesia tem como objetivo otimizar a produção local, no incentivo a feiras livres, e oportunizar a apresentação de músicos sergipanos; tudo isso em espaços públicos da capital. Em uma iniciativa da Prefeitura de Aracaju, esta é uma parceria entre a Fundação Municipal do Trabalho (Fundat) e a Fundação M
unicipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju).

A responsável pela produção cultural da idéia e representante da Funcaju, Morga
na Barbosa, fala da importância em dinamizar ambientes que, a princípio, estariam ociosos. “Temos amadurecido a cada ano. Já trabalhamos há algum tempo em praças da cidade e em 2009 incluímos na programação o Calçadão da 13 de Julho e a Orla de Atalaia. Nossa pretensão é expandir, quem sabe, para o Bairro Industrial”. A seleção dos participantes no projeto não exige critérios de gênero ou tempo de carreira dos grupos, como explica Morgana.“Nossa aspiração é abrir portas para o artista da terra, sem distinção de estilo ou dimensão da banda. Durante as apresentações todos se igualam”.

O projeto vem atraindo novos apreciadores, que acompanham com ânimo a proposta. Dentre esses recém adeptos a música ao ar livre, está a jornalista Laisa Galdina. Entusiasmada, Laisa diz achar ótima a idéia, mas faz uma ressalva quanto à divulgação: “É bom haver uma maior identidade do projeto junto ao ciclo cultural de Aracaju. Assim, cada pessoa buscará sua programação de acordo com seu gosto. É preciso que haja mais exposição na mídia, para que a iniciativa chegue a toda a população”.

O vocalista da banda The Baggios, Júlio Andrade, também concorda que a divulgação deveria ser maior: “Boa parte da publicidade da nossa apresentação aconteceu por conta da banda”. No entanto, Júlio aprecia o espaço dado aos músicos: “Acho maravilhosa a idéia. Isso é valorizar, antes de tudo, a cultura sergipana”, declara o cantor.

Em escala crescente, a média de propostas que chegam à Funcaju por pessoa, como retorno às apresentações, é de cinco por semana. Morgana revela que muitos turistas também se manifestam favoráveis ao Freguesia. “Por ser de graça, todos tem acesso às bandas. Os artistas se sentem reconhecidos e vêem ali uma forma de atingir outros públicos”, conclui Morgana.


Como se Inscrever no Projeto

Para os músicos interessados em participar é preciso entregar o material de trabalho diretamente na sede da Funcaju, localizada na Rua Estância, n. 39, das 8h às 12hs e das 15h às 18hs, ou entrar em contato pelo telefone (79) 3179-3695 (Cultura / Funcaju).

O Projeto Freguesia acontece às sextas-feiras na Praça Olímpio Campos, das 12h às 14h, e no Mirante da 13 de Julho, das 18h às 20h. Aos sábados, a iniciativa continua na Orla de Atalaia (Feirinha do Aratip), das 20h às 22h, e aos domingos é a vez da Praça Tobias Barreto, das 20h às 22h.


Confira o trabalho da The Baggios:



Clique aqui para ficar por dentro das novidades do Projeto Freguesia.


Read Users' Comments ( 1 )

Agenda Bis! - de 25/05 a 31/05

Segunda-feira, 25/05

Rua da Cultura – a partir das 18h
- Sem Futuro, Mamutes , Ed. Zero, Dark Vision


Quarta-feira, 27/05

Parque da Cidade – das 20h às 23h
- Seresta


Quinta-feira, 28/05

Teatro Vila Velha, Salvador/BA – 20h
- Patrícia Polayne; show “Aparelho de memoriar”. R$ 16/inteira e R$8/meia


Sexta-feira, 29/05

Boate Associação Atlética de Itabaiana, Itabaiana – a partir das 22h
- “Roquenrrou in Itabaiana”; The Swamp Beat Brothers, Mamutes e O Murro. R$ 15 (entrada e ônibus de Aracaju)

Live
- Adão Negro – 1 hora de ice dobrada; até as 23h, as 100 primeiras mulheres entram de graça

Praça Olímpio Campos – das 12h às 14h
- “Projeto Freguesia”: Balança Eu

13 de Julho – das 18h às 20h
- “Projeto Freguesia”: The Baggios


Sábado, 30/05

Bar Recanto do Chorinho, Bairro Inácio Barbosa
- Chorinho. R$ 5 (couvert)

Capitão Cook
- “Tentando pegar um punga 2”: Elisa, Daysleepers, Mutantes Cover e The Doors Cover

Escola Municipal Florentino Menezes, Povoado Areia Branca
- Ensaio do Grupo de Samba de Coco de Areia Branca

Orla de Atalaia – das 20h às 22h
- “Projeto Freguesia”: Trio Cascavel

Praça Tobias Barreto – das 20h às 22h
- “Projeto Freguesia”: Casca de Pau


Domingo, 31/05

Bar Recanto do Chorinho, Bairro Inácio Barbosa
- Chorinho; R$ 5 (couvert)

Parque da Cidade – das 17h às 19
- Chorinho

Parque da Cidade – das 20h às 23h
- Seresta


Read Users' Comments ( 0 )

Ligue o rádio

Em jornalismo, tocar numa temática significa colocá-la em debate público. Este blog parte dessa proposição muito simples. Tratar de um assunto – gerar notícias, opiniões, análises sobre ele – é movimentá-lo.

Se um blog feito por estudantes pode movimentar de alguma forma a cena musical sergipana – porque é dela que falaremos aqui –, bem, isso talvez seja discussão para mais à frente.

Toda semana traremos notícias sobre a música feita ou tocada aqui em Sergipe. Tentaremos fazer com que não haja predominância de gêneros. Eventualmente, uma entrevista poderá substituir uma das notícias, já que ninguém é de ferro.

Às segundas-feiras, postaremos aqui a tão de praxe agenda semanal. Atualizações comunicando novidades, cancelamentos e mudanças nos eventos podem ser feitas – mas serão devidamente sinalizadas.

Os comentários são abertos. Garantimos resposta ao que vier.



Read Users' Comments ( 0 )